sexta-feira, 4 de junho de 2010

Primeira Semana de Estágio na Escola Municipal Dom Jairo


Foi dado início às nossas atividades de estágio na Escola Municipal Dom Jairo no dia 27 de Maio de 2010 no turno vespertino na sala do 1° ano do Ensino Fundamental na sala da Profª regente Regiane. Sala composta por 24 crianças, com 6 anos de idade, uma pequena variedade de níveis silábicos e uma aluna com necessidade educativa especial (deficiência intelectual em análise/ ainda não identificada) que ainda se encontra no Nível 1 da Hipótese Pré-Silábica que se caracteriza quando a criança:
- não estabelece vinculo entre fala e escrita;
- demonstra intenção de escrever através de traçado linear com formas diferentes;
- usa letras do próprio nome ou letras e números d\na mesma palavra;
- caracteriza uma palavra como letra inicial;
- tem leitura global, individual e instável do que escreve: só ela sabe o que quis escrever.
Iníciamos ao nosso Projeto: Valorizando o que há de melhor em mim, abordando quatro valores (Amor, Amizade, Respeito e Solidariedade), que serão trabalhados em quatro semanas. Chegamos ao fim da nossa primeira semana Amor, já dando início a nossa segunda semana Amizade.
No vídeo postado logo acima temos as fotos das nossas atividades desenvolvidas na sala de aula.
Descrevemos nesse vídeo alguns acontecimentos, no qual me disponho a falar novamente... Na 1ª aula iniciamos com a leitura de uma historinha com os alunos sentados na rodinha, logo em seguida a construção dos Nossos Combinados, lembrando que o mesmo foi feito com partindo do que cada aluno achava que deveria ser combinado.
Observamos de início como era a organização das carteiras, achamos que poderiamos ter bom rendimento caso mudassemos a arrumação da sala e apostamos e fazer grupos com quatro crianças e ali percebemos que o barulho diminuiu e os alunos aprendiam a trabalhar em grupo.
Pode-se destacar também na aula de História na qual foi tratada sobre profissões e os alunos foram convidados a fazer um passeio pela escola e a saberem quais eram as profissões existentes na escola, os mesmos visitaram a Secretaria da escola, aprenderam quais eram as profissões exitentes na Secretaria, logo depois foram à Cozinha, fizeram uma entrevista com a cozinheira, conheceram a cozinha e como era feita a merenda deles, logo depois no pátio da escola entrevistaram as senhoras que trabalham com os Serviços gerais e por fim conheceram a função do Porteiro na escola. Retornando à sala, os alunos narraram o que aprenderam no passeio e demonstraram em forma de desenho.
Tivemos a aula de Religião com o tema o amor de Deus onde cada grupo iria à frente portando de uma figura para mostrar onde estava ali representado o amor de Deus.











No terceiro dia de aula a nossa aula com necessidade educativa especial veio a aula e identificamos em qual nível da escrita ela se entrava e optamos por fazer atividades diferenciadas, sempre envolvendo o mesmo assunto que os das outras crianças. Optamos de início pelas atividade de coordenação motora e pontilhados e no fim da primeira semana ja conseguimos fazer com que ela fique na sala de aula por um longo período, já que antes ela n ficava por muito tempo na sala de aula (palavras da Profª regente). Conseguiremos um avanço, temos certeza disso!
Trabalhamos sempre com o relaxamento após recreio, um momento em que os alunos ou ficam deitados no chão ou sentados em suas cadeiras e uma de nós, contando histórias que levem os alunos a imaginar e relaxar.
Sobre tudo que explicamos levamos o aluno a nos "explicar" primeiro sobre o assunto, para partirmos do que eles sabem.



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Reflexão da 1ª semana:
Reconhecemos então que Alfabetizar é respeitar o limite de cada criança!






quinta-feira, 3 de junho de 2010

Fim da Greve dia 26 de Maio de 2010, após reunião com o Prefeito Luiz Amaral



Dia 27 de Maio início de Estágio... era o que mais queriamos... mas um dia depois do fim da Greve?? assim??... Mas tudo bem!
Projetos prontos, intervenções prontas, planos de aula prontos, terá que ter algumas modificações mas tudo bem!
Confiamos em Deus e no nosso trabalho...

Boa sorte a todos Nós...

Naíla Lima e Rosana Mafra
Léia Nascimento e Luciane Galvão
Alline Hull e Geovanna Soglia
Marielle Fontoura e Sílvia Ribas
Juliana Oliveira e Deisiane Pires
Cecília e Elisabete
Ludimila Almeida, Luciana Meira e Jess Carlos Jr.


"Simbora" galera... kkk

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Mais uma Reunião dos Professores do Município de Jequié... e a greve CONTINUA para o meu desespero!

Os dias vão se passando e a nossa esperança de entrar na sala de aula do Ensino Fundamental, para estagiar e colocar em prática o que aprendemos e o que podemos aprender durante essa caminhada, vai ficando em "stand by".
Mas uma reunião reafirma a CONTINUIDADE DA GREVE DOS PROFESSORES. E venho aqui externar a minha preocupação quanto ao nosso estágio... qndo vai acontecer?... e se passar do tempo, o que será de nós FORMANDOS?? Quais as medidas que o nosso Celegiado de Pedagogia irá tomar??.... Gente pelo amor de Deus, a cada dia esse problema se agrava e está virando uma bola de neve e está vindo atropelando varias outras coisas que já temos... Corremos o risco de NÃO participar de aula de campo de outra disciplinas, que respeitando a disciplina do Estágio e foi programada para acontecer após estágio, estamos com a formatura já marcada para o dia 28 de agosto, com ambientes já reservados para a data, buffet com o contrato em tramitação, porém já especificado a data, CONTRATO FECHADO com a empresa da organização da colação,  convites prontos pra irem para a gráfica, pagamentos quase encaminhados.
GeEnNtTeEEmmmmm....
Temos que está pensando em 2ª, 3ª, 4ª...... opção... nós discentes devemos levantar propostas e somente deixarmos as idéias para a nossa Professora e nem tão pouco, somente para o colegiado... vamos levantar idéias...

Já surgiram algumas que poderiam dá certo...

  • Estagiar nas escola do Estado que tenha hoje o Ensino Fundamental... (lembrando que corremos o risco de reformular todo o projeto e atividades já prontas)

  • Estagiar em escola particular.

  • Trancar a disciplina. (essa é pesada, mas foi uma das alternativas levantadas)

Lendo como sempre mais um artigo da APLB/Jequié, pode-se perceber que tudo ainda continua......

e nós tbm continuamos... aqui e sem saber o que fazer. rs

Para ler o artigo click em APLB/Jequié, logo acima.


Até o próximo capítulo dessa historinha, porém, MUITO SÉRIA!

Nai Lima

domingo, 23 de maio de 2010

Estágio "estacionado" por conta da Greve dos professores do Município de Jequié

Muitas foram as minhas espectativas para o dia do início do estágio na Ed. Fundamental, juntamente com os meus(as) colegas de estágio. Todos os dias de elaboração do projeto voltado para a realidade dos alunos do Ano 1 da Escola Dom Jairo, logo em seguida a escolha de cada atividade, de cada recurso pedagógico, dias para cada atividade, dando sempre espaço aos imprevistos, tudo isso estacionado por tempo indeterminado.
Já são 27 dias de greve o nosso estágio deveria começar no dia 03 de Maio, tudo isso nos preocupa, pois temos data pra várias outras coisas que estavam programadas para depois do estágio e ainda como trazer esses alunos ao reencontro com mundo educacional, muitos deles, com toda certeza já perderam o ritmo da escola.

Declarações somente reafirmam que a greve NÃO vai parar por agora. Lendo as últimas notícias no site da APLB/Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia, percebe-se então o APOIO da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação.
Segue a seguinte a reportagem que se encontra no site da APLB de Jequié/BA.



MOÇÃO DE APOIO da CNTE aos Trabalhadores em Educação de Jequié-BA


Sex, 21 de Maio de 2010 20:10


A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação, entidade representativa de mais de 2,5 milhões de profissionais da educação básica pública no Brasil, à qual a APLB/Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia é afiliada, vem a público manifestar seu irrestrito APOIO à greve, iniciada no dia 26 de abril, por entender que a luta por melhores condições de trabalho e pela qualidade social da educação pública é legítima.

Para a CNTE, somente mobilizados e organizados, os/as trabalhadores/as em educação poderão construir uma escola pública gratuita e de qualidade para todos e em todos os níveis e modalidades de ensino. A deflagração de greve é o último recurso usado na luta por melhores condições de trabalho.

Neste sentido, a direção da Confederação espera que o Senhor Luiz Amaral, Prefeito de Jequié, reabra o canal negociação, reconhecendo, na prática, o direito constitucional à livre associação sindical e, conseqüentemente, o direito de negociar as suas condições de trabalho e perspectivas de carreira para o funcionamento permanente da educação pública.

Assim, a CNTE espera que seja encaminhada, com urgência, uma proposta concreta para as reivindicações da categoria, com o intuito de por fim o mais breve possível à greve, sobretudo atendendo aos anseios da população por educação pública de qualidade e da categoria por dignidade e reconhecimento profissional, de forma permanente.


Brasília (DF), 21 de maio de 2010

Roberto Franklin de Leão
             Presidente



domingo, 21 de março de 2010

Papéis do Professor

Vantagens da Nova Postura...

TEMOS QUE APRENDER A APRENDER!!!

Ao incorporarmos a inquietude, a curiosidade e o questionamento a nossa prática...

...acreditaremos que nada está pronto e acabado.
...não seremos meros porta-vozes do conhecimento.
...superaremos, com estudo, as idéias cristalizadas.
...não aceitaremos ser nem a única fonte do conhecimento.
...buscaremos novos caminhos para eliminar as ambigüidades.

Ao incorporarmos a inquietude, a curiosidade e o questionamento a nossa prática...
...aceitaremos que a sala de aula é também – para nós – um espaço de aprendizagem.
Imagem do filme: Entre os muros da Escola.

sábado, 20 de março de 2010

EspaçO dO PrOfessOr...

O que sabemos face à complexidade do Universo?

Embora professores, sabemos muito pouco.
Conhecemos muito pouco do que há ainda por conhecer.
Tal compreensão nos recomenda modéstia, pois...
...não inventamos do nada...
...não criamos o que bem entendemos...
...não podemos desligar o mundo do mundo...
Logo, quando concebemos a aprendizagem como um processo de construção e reconstrução do conhecimento...
...temos de ver nossos alunos como sujeitos capazes de observar, de descobrir caminhos próprios.

Inquietações e Contradições

É fácil falar...    O difícil é fazer!


Como professores – ou seja, profissionais que conhecem a fragilidade do conhecimento...

...temos de refletir em nossa prática, em nossa inquietude, em nossa curiosidade e em nossos questionamentos.

...temos de querer alunos inquietos, curiosos, questionadores...

Caso contrário, torna-se visível nossa contradição – ser vistos como inovadores e criativos, sem permitir que nossos alunos o sejam.

sexta-feira, 19 de março de 2010

Limites da Prática Docente

Se, na sala de aula...

...definimos tudo o que deve ser feito...

...controlamos o tempo e as falas...

...desvalorizamos aquilo que não sabemos...

...expomos apenas as verdades em que acreditamos...

...estamos concebendo nossos alunos como sujeitos – ou seja, apenas como ouvintes passivos por nós coreografados.

sábado, 13 de março de 2010

Nos preparando...

иα мαинã dє ѕάвαdσ (13 dє мαяςσ), иσѕ яєυиιмσѕ cσм α ρя埦 єdנαиє иσ ℓαв. dє єиѕιиσ dα υєѕв ραяα ρяєραяαя σѕ ρℓαиσѕ dє αυℓα є dιαgиόѕтιcσ (αтινιdαdєѕ dє мαтємάтιcα є ρσтυgυêѕ) dσѕ 2 ρяιмєιяσѕ dιαѕ dє σвѕєяναςãσ.

єѕcσℓαѕ:
єѕcσℓα мυиιcιραℓ dσм נαιяσ
ρяσנєтσ: ναℓσяєѕ: яєѕρєιтσ, αмσя є ѕσℓιdαяιєdαdє.
cєитяσ cσмυиιтάяισ ℓαgσα dσυяαdα
ρяσנєтσ: мùѕιcα: тσqυιинσ, νιиίcιυѕ dє мσяαєѕ є cнιcσ вυαяqυє

quarta-feira, 10 de março de 2010

Reunião na Escola Municipal Dom Jairo

              "... aprender não é um ato findo. Aprender é um exercício de renovação..." (Paulo Freire)


Na tarde de 08 de março foi realizado na Escola M. Dom Jairo, Jequié a nossa reunião, na verdade o nosso primeiro contato com o corpo docente da Escola. Não nos sentir acolhidas seria impossível, os sorrisos e a sinceridade que a nós foram passado no momento das apresentação, nos deixou realmente mais tranquilas.
Reunião conduzida pela Professora Edjane Freitas, regente da disciplina Práticas Pedagógicas do Ensino Fundamental I.

Pauta:
  • Momento de Reflexão: Um dia você Aprende de Veronica A. Shoffstall
  • Apresentação das Estágiárias para as suas respectivas regentes e vice-versa
  • Apresentação do Cronograma
  • Definição do Projeto de Estágio: VALORES: Amor, Respeito e Solidariedade
Estagiárias:
  • Elizabete de Sou e Cecília Castro
  • Sílvia Ribas e Marielle Fontoura
  • Juliana Oliveira e Deisiane Pires
  • Naíla Lima e Rosana Mafra
Fragmentos do texto Um dia você aprende Veronica A. Shoffstall...

Aprende que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido, o mundo não pára para que você o conserte. Aprende que o tempo não é algo que possa voltar.
Portanto, plante seu jardim e decorre sua alma, em vez de esperar que alguém lhe traga flores.

Descobre que as pessoas com quem você mais se importa na vida são tomadas de você muito depressa, por isso sempre devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas, pode ser a última vez que as vejamos.

Aprende que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer, enfrentando as conseqüências. Aprende que paciência requer muita prática. Descobre que algumas vezes a pessoa que você espera que o chute quando você cai é uma das poucas que o ajudam a levantar-se.

Aprende que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que se teve e o que você aprendeu com elas do que com quantos aniversários você celebrou. Aprende que há mais dos seus pais em você do que você supunha. Aprende que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são bobagens, poucas coisas são tão humilhantes e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso.

E aprende a construir todas as suas estradas no hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair em meio ao vão. Depois de um tempo você aprende que o sol queima se ficar exposto por muito tempo.

Aprende que com a mesma severidade com que julga, você será em algum momento condenado. Aprende que o tempo não é algo que possa voltar para trás. E você aprende que realmente pode suportar... que realmente é forte, e que pode ir muito mais longe depois de pensar que não se pode mais. E que realmente a vida tem valor e que você tem valor diante da vida.


Os "nossos" alunos (Naíla e Rosana), são alunos de 06 anos que ainda estão se adaptando ao ritmo da escola ja que os mesmo acabaram de sair da Creche Padre Molina. Com certeza será um trabalho riquíssimo, que só terá à acrescentar em nossas vidas.


Obs.: Depois postarei fotos da reunião.

domingo, 7 de março de 2010

☺ Minha História de Vida ☺

"Educadora" desde a infância, quando promovia na varanda da minha casa, aulas na imaginária escolinha, com a presença dos meus amiguinhos: Sidinei, Elson, Elton, Leila Mara e outros. O bom de tudo que ja possuia também o como trabalhar com a ludicidade, pois, sempre antes de terminar a aula do dia havia uma historinha contada com fantoches.
O curso de Pedagogia em minha vida surgiu desde a minha infância. Dizia a minha mãe que essa vontade eu trago desde quando comecei a estudar, sempre refletindo a postura das minhas professoras do Infantil (Pró Val e Pró Marizete), com o passar do tempo encontrei mais professoras significantes para a minha vida (Pró Josy na 2ª série, Pró Bete na 3º série e Pró Tereza na 4ª série). Elas que me mostraram que apesar das “raízes amargas” existentes na educação, com amor, com confiança no seu próprio trabalho e comprometimento com a educação, poderiam sim, colher bons frutos. E eu sou fruto disso!

Sempre estive envolvida na área educacional informal, com as atividades eclesiástica sendo desde criança aluna da Escola Bíblica Dominical de minha Igreja. Cresci, adquiri experiência e conhecimento, passei de aluna para professora de crianças, brincava muito em casa também de “escolinha”, convidava todos os amigos vizinhos para vir assistir as minhas aulas e no final de cada aula sempre apresentava uma história com fantoches, já dando sinais que seria sim, uma professora.

Com o passar dos tempos, já no Ensino Fundamental II não imaginava mais em ser professora, creio que porque não enxergava mais a dedicação dos professores, eles não me contagiavam mais.

No Nível Médio, estudando em uma escola particular da cidade de Jequié/Bahia, pela “exigência” que se tinha de escolhermos cursos de ponta, resolvi então que faria o curso de Direito, mas meus pais não tendo como me manter em outra cidade, pediram para que eu escolhesse um curso na UESB/Campus de Jequié, não sabia qual curso ainda, eles queriam muito que fosse Enfermagem, mas ainda não era isso que meu coração queria.

Em uma Feira de Profissões, eu vi no chão, um papel que falava de Pedagogia, comecei a ler e gostei da proposta, me encantei com tudo e decidi: Serei Pedagoga! Fiz o primeiro vestibular, não passei, chorei muito, tinha estudado para passar, não acreditava que tinha perdido, mas não desistir. Em 2006 fiz o vestibular de novo e passei, para a minha felicidade e dos meus pais e familiares, sou eu a primeira da família a ter um curso superior, foi uma realização da família.

Ouvi de muitas pessoas na própria escola e amigos que com os ensinamentos que eu havia adquirido era pra eu fazer outro curso, que não fui preparada para ser professora, sim para médica, advogada, etc., mas eu sempre os indagava com a seguinte pergunta, o que será dos futuros médicos, advogados, etc., se NÃO houver a mim quanto professora para ensinar-lhes a ler e escrever? Todos se calavam, pois percebiam o valor de ser professor e que não existe curso bom ou ruim, o que existe na verdade são profissionais que se dedicam ou não.

Escolher ser Pedagoga é antes de tudo ter a consciência do papel que exercerei na sociedade, do comprometimento que deverei ter e sobre tudo da minha importância quanto ser professora e mediadora de sonhos, trazendo em minhas mãos a responsabilidade de transformar as raízes da educação que são amargas e tão desacreditadas em árvores frondosas e possuidora de frutos doces.

Começar o semestre era a minha ansiedade constante. No dia que deram início as aulas deram início também a realização da minha vida quanto pessoa, quanto estudante e futura educadora.

No decorrer do meu processo de formação, estando hoje no VIII semestre, tendo a possibilidade de fazer esse retorno para analisar os semestres que se passaram, não percebi que tive perda pelo fato do estágio ser no fim do curso, porém, ao mesmo tempo reconheço que o estágio deveria ser durante todo o processo da formação acadêmica, aprendendo na sala de aula e colocando em prática e/ou reaprendendo na escola, mas poder utilizar de tudo que conheço teoricamente me deixa mais segura quanto aos passos que teria que dá agora , quanto à nova experiência que iria vivenciar no Ensino Fundamental I e por fim a postura que deveria ter em sala de aula e diante das variáves situações.


Minha vida em sala de aula aconteceu ao mesmo momento que comecei a faculdade, porém era uma educação voltada para o preparo de profissionais, ou seja, uma educação para a mão-de-obra, eu sabia que estava indo totalmente ao contrário dos meus idéais, via em "meus" alunos a passavidade, a espera pelo conteúdo e tudo aquilo me inquietava, como um bom bahiano diz, me agoniava mesmo, foi qndo resolvi desistir. Depois tive a oportunidade em trabalhar como voluntária no Projeto Clik faz a Diferença, relalizada na FTC de Jequié, no qual fui instrotora de Informática por 2 meses.

No mesmo tempo dava inicio ao meu primeiro contato com a Educação Infantil, no estágio com a disciplina Práticas Pedagógicas na Educação Infantil, com a Prefª. Claudia Celeste. Nesse momento me vi realmente como a Professora, receber o carinho, o retorno de cada criança me fazia perceber o quanto é possível sim transformar as raízes amargas da educação... tudo isso com muita dedicação, amor e responsabilidade.


Durante a prática tive a oportunidade de encontrar a resposta para uma pergunta que havia feito a Profª. Edjane Freitas na disciplina Educação de Jovens e Adultos, pois eu queria saber como eu alfabetizaria um aluno, certo que naquele momento o contexo era outro, tratava-se de jovens e adultos, porém a única resposta que a Profª me deu foi que "Não há receita de como se alfabetiza", naquele momento me vi "no mato sem cachorro" (rs).

Só estando em sala de aula, sentindo, vivendo naquele mundo, com vários outros mundo inseridos a ele que entendi q realmente não há receita que na verdade como diz a frase "o caminho se faz caminhando", pois, encontraria em sala de aula variáveis situações nas quais eu deveria quanto Professora me adaptar a todas e possuir o saber fazer pedagógico.


Durante o período acadêmico todas as disciplinas contribuíram de alguma forma para a minha formação e encontrei professores que deixaram marcas valiosas em mim, todas as disciplinas foram de suma importância para o meu crescimento como profissional, pois possibilitou a abertura de novos caminhos e possibilidades em relação à Pedagogia, fazendo com que eu me apaixonasse a cada dia mais.

A valiosa oportunidade de conhecer o Assentamento Terra Vista do MST em Arataca/Bahia, com a disciplina Currículos e Programas ministrada pela Profª Sirlandia Santana, momento em que pude desfazer todo o pensamento no qual tinha formado a respeito do Movimento, imagem essa vendida pela mídia de forma "mentirosa". Conhecer a Pedagogia do MST foi algo que realmente acrescentou na minha formação.

Com o professor Humberto Andrade, docente da disciplina, Metodologia de História do ensino Fundamental, que de forma significante, nos proporcionou uma aula de campo para Lençóis/Chapada Diamantina, ressaltando o valor dos ensinamentos quanto ao conhecimento das cidades do nosso Estado, que fizeram parte do crescimento do nosso país. Tive a maravilhosa experiência de conhecer um dos projetos existentes na região, um desenvolvido em Lençóis/BA, por nome Grãos de Luz e Griô.


Esse projeto possui uma pedagogia que valoriza o poder da palavra, da oralidade, da vivência e da corporeidade, se tornando os educandos a biblioteca e a memória viva de seu povo. Em sua caminhada no mundo, ele(a) (griô), que na tradição oral do noroeste da ÁFRICA, o griô é um(a) caminhante, cantador(a), poeta, contador(a) de histórias, genealogista, artista, comunicador(a) tradicional, mediador(a) político(a) da comunidade, transmite saberes e fazeres de geração em geração, fortalecendo a ancestralidade e a identidade de sua família ancestral e comunidade.


Nesse projeto, trabalham a junção dos conhecimentos escolares e a valorização dos saberes existentes em cada educando, tornando assim uma aprendizagem significativa, pois, partirá do vivencia deles. Na foto ao lado, com Márcio que é o Coordenador do Grãos de Luz e Griô em Lençóis.

Mas, também não posso deixar de lembrar, de alguns professores que me deixaram lembranças tristes e negativas, aqueles que fazem da sua prática docente um erro, tanto para si próprio como para os alunos que passam por suas disciplinas e com eles tambem aprendi e sei que não deverei repetir os mesmos erros!

Além dos professores que contribuíram para o meu crecimento, destaco aqui também a Deus acima de tudo e todos, aos meus pais Marisa e Francisco (Quincas) que com toda a dificuldade nunca me deixaram faltar nada... agredeço ao meu pai pelo seu sacrifício dedicado a mim no Ensino Médio quando veio "vender" as suas férias para poder comprar os meus módulos... muito Obrigadaa painho e mainha... amo vocês sempre! Aos meus irmãos os de longe e os de perto... Ana, Daiana, Rafael, Cristiano, Jean, Jeane e Nádia, (êita galera... amo vocês), aos meus amigos e amigas... meu muito obrigada, sempre!!!





Valeu!!